10 habilidades e competências mais valorizadas no mercado

10 habilidades e competências mais valorizadas no mercado

27 de dezembro de 2022 • 35 min de leitura

Sumário

    O fim de ano tem essa atmosfera de planejamento, novas ações e um certo desejo de conquistar novas metas. O mercado de trabalho responde com a busca por profissionais que vão além das habilidades técnicas. Afinal, como é o perfil profissional para o próximo ano? Quer saber quais serão as competências e as habilidades mais valorizadas nos próximos anos? Clique aqui!
     
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    É evidente o quanto as organizações mudaram suas perspectivas de crescimento, como também, a maneira de constituir o quadro de colaboradores já não pode ser considerada a mesma. O constante movimento determina, portanto, quais serão as habilidades e as competências indispensáveis para o novo mercado.
     
    Basta observarmos como as esferas de negócios responderam às mudanças de comportamento nos últimos dois anos. A influência do meio social é tamanha que a metodologia aplicada nos processos seletivos dentro das organizações foca, mais, na conduta e nos valores dos seus colaboradores e futuros colaboradores. 
     
    É claro que uma grande mudança de comportamento foi constatada pós-pandemia, tanto que os critérios de seleção, já bem diferentes de alguns anos atrás, passaram a ser ainda mais específicos, contudo, outras habilidades e competências foram registradas com maior importância para o profissional do “futuro”.
     
    No entanto, antes de vermos sobre as soft skills mais cogitadas para 2023, que tal falarmos do mundo Vucca e Bani
     
    Não há como não entrar nesse assunto, mesmo que seja de uma maneira breve, afinal, estamos falando de mudanças e do que esperar do futuro. Aliás, vamos combinar que esse futuro não está longínquo e, se você conhece os termos citados acima, concordará que faz sentido a definição sobre os acrônimos mais comentados nas discussões sobre transformações sociocomportamentais e empresariais.
     
    Desvendando o mundo Vucca e Bani
    A definição dos conceitos surgiu em momentos sociais distintos, a partir da necessidade de esclarecer as evoluções humanas e profissionais, conforme cada período.
    O termo Vucca foi ouvido pela primeira vez no início dos anos 90, na ocasião, o mundo presenciava os efeitos da Guerra Fria. A sigla traduzida para o português significa: Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo.
    Cada expressão tem seu significado:
    • Volátil – Imprevisível, instável, ou seja, é comum lidar com mudanças constantes, tudo muda em uma velocidade considerável e reflete no mercado.
     
    • Incerto – Consequência da volatilidade que impossibilita antecipar soluções para solucionar possíveis ocorrências externas que podem prejudicar os processos dentro das empresas. Por isso, a atenção ao planejamento deve ser constante, assim, é possível adiantar-se e evitar resultados insatisfatórios.
     
     
    • Complexo – A palavra já remete a algo complicado de resolver, portanto, difícil de encontrar soluções para determinada ação. Consequentemente, é necessário que haja informações suficientes para tomar decisões, sem gerar grandes consequências, entendendo os impactos que uma situação pode gerar.  
     
     
    • Ambíguo – No mundo Vucca, a palavra ambiguidade une os demais termos e seus significados, portanto, dá a possibilidade de ter diversas interpretações do que é volátil, incerto e complexo.  Sendo assim, é importante apontar decisões e conseguir desenvolver um planejamento efetivo. 
     
    Um bom exemplo de situações que obrigaram as organizações a trabalhar com o mundo Vucca foi a pandemia, já que foi um período de grandes transformações e incertezas.
     
    Esse período viabilizou outro momento no mundo!
     
    O antropólogo futurista Jamais Cascio, ao identificar que o mundo Vucca já não delineava o momento social vivido ao longo da pandemia, apresentou o termo Bani que, traduzido do inglês, significa: Frágil, Ansioso, Não Linear e Incompreensível.
     
    Considerado o mundo do caos, Bani traz à tona a necessidade de os gestores voltarem a atenção para a adaptação às mudanças e como apresentar estratégias que beneficiem o quadro econômico e tragam novas oportunidades. 
     
    Independentemente de ser Vucca ou Bani, as empresas, a sociedade e suas devidas constituições voltaram o olhar para as tendências de mercado, a formação de times com competências acima das técnicas, com preocupação em capacitar o quadro de colaboradores com mais empatia, incentivando ações voltadas à valorização humana e à cultura colaborativa.
     
    Agora sim, vamos ver como desenvolver novas habilidades e competências!
     
    Soft skills: a busca por uma mentalidade de crescimento
    Ao falarmos de carreira, equipe e ambiente profissional, em um mercado extremamente competitivo e, por muitas vezes, agressivo, é essencial observarmos, com atenção, o assunto que ganha destaque no que se refere à gestão de pessoas: as soft skills. 
    Estudos realizados comprovam que incorporar soft skills na gestão de pessoas apresenta resultados mais positivos em relação a uma gestão mais tradicional. Aliás, na edição nº 148 do programa Contabilidade para Todos, em setembro 2020, a professora e administradora Ariane Zambrano Queiroz já destacou como as competências socioemocionais iriam nos preparar para uma nova realidade profissional, unindo competências técnicas, habilidades e atitudes. 
    A expressão americana soft skills trata das habilidades comportamentais que o profissional possui e da maneira que este trata o outro em diferentes ocasiões.
     
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    Antes de elencarmos as habilidades e competências que estarão em evidência nos próximos três anos, já começaremos citando o poder da boa comunicação e como essa competência estará no topo da lista.
     
    Então, vamos começar por essa habilidade!
     
    1 – Comunicação
    Quando ouvimos falar da habilidade de comunicação, logo já ligamos a falar bem em público, contudo, o contexto é mais amplo.
    A comunicação, que sempre foi importante, tornou-se imprescindível durante e após o período de isolamento social. Tudo porque nunca foi tão necessário manter contato e entender a necessidade do outro.
    Por isso, a habilidade de comunicar-se vai além de falar bem em público. Então, podemos citar mais práticas fundamentais, como: escuta ativa, empatia, linguagem verbal e não verbal.
     
    2 - Inteligência emocional
    Com certeza inteligência emocional, em algum momento, já fez parte de uma conversa sua, seja entre amigos, seja com os colegas de trabalho, afinal, a competência em questão realmente passou a ser um dos principais critérios para contratações dentro das empresas.
     
    O autoconhecimento e o autocontrole são como alicerces da inteligência emocional. Investir em conhecer a si mesmo é essencial para que outros pontos dentro do desenvolvimento emocional sejam igualmente aperfeiçoados.
     
    3 - Planejamento
    Ter essa habilidade bem desenvolvida faz toda diferença. Um olhar antecipado, estrategicamente traçado, facilita processos e garante bons resultados.
     
    Por meio de um planejamento bem estruturado, é possível determinarmos quais ações são as mais apropriadas para alcançar as metas, visualizar os recursos necessários e mapear etapas de um plano de ação efetivo.
     
    4 - Pensamento crítico
    Essa habilidade tem sido bem quista no meio corporativo, se antes o ideal era não demostrar o que se pensava sobre determinada situação, atualmente, as organizações buscam profissionais que saibam se posicionar, expressar suas ideias e, de maneira racional, analisar eventos que podem surgir e que podem precisar de uma atenção específica.
     
    5 - Gerenciamento de projetos
    Esse é também um diferencial muito requisitado e tudo indica que se manterá por um bom tempo no topo da lista das soft skills. 
    O fato é que com a habilidade cognitiva de planejar, organizar, é mais simples assumir projetos e levá-los adiante. Afinal, o profissional que detém essa competência consegue iniciar, mapear, executar e concluir os projetos com excelência.
     
    6 – Criatividade 
    Não é à toa que criatividade aparece no ranking das soft skills mais requisitadas, até porque ser criativo nos permite ir além, enxergar novas ideias, apresentar diferentes resultados e simplificar processos. E, o melhor de tudo é que essa habilidade, ao contrário do que se pensa, é treinável.
     
    7- Adaptabilidade e resiliência
    Durante o período de isolamento provocado pela pandemia, a adaptabilidade e a resiliência tiveram grande atenção. Pois, foi preciso ouvir mais, dedicar-se ao outro para manter o equilíbrio, seja no ambiente de trabalho, seja nas relações pessoais. A resiliência nos permite enfrentar com racionalidade as pressões e resolver as diferentes exigências que estamos submetidos diariamente. 
    Também podemos destacar o preparo para enfrentar situações adversas que exigem estabilidade emocional e adaptabilidade diante de transformações repentinas ou não.
     
    8 - Empatia
    Muito ligado a adaptabilidade e resiliência, aqui a habilidade de ser empático está entre os requisitos de diferentes processos de seleção, independentemente do nicho profissional. Ser empático permite maior compreensão do outro, minimiza situações de estresse e evita conflitos desnecessários. Com isso, é uma forma de garantir a harmonia, seja na equipe, seja com os clientes. 
     
    9 – Gestão de tempo
    Não é o tempo que nos falta, o problema é como o usamos. Isso quer dizer que, mesmo que tenhamos mais de 24 horas, se não soubermos utilizá-las, de nada vai adiantar. É importante frisar que usar bem o nosso tempo não quer dizer “dar conta de realizar todas as tarefas”, mas está ligado a viver com qualidade, absorvendo o melhor e tendo a oportunidade de viver o presente, sem prejudicar nenhum detalhe da sua rotina.
     
    10 - Liderança
    O desenvolvimento das equipes é uma ação determinante para o sucesso das organizações, mesmo que existam outras boas estratégias, uma das maneiras de definir a escalabilidade da empresa são os treinamentos que incentivam, motivam o colaborador a se especializar em sua área, bem como abrem oportunidades de novos campos de atuação.
     
    Oferecer capacitação não serve apenas para aperfeiçoar os processos internos da empresa, aliás quando a oportunidade não se restringe ao ambiente de trabalho, o colaborador sente-se ainda mais valorizado, pois o conhecimento adquirido pode ser levado para atividades externas.
     
    Potencialize suas habilidades e suas competências
     
    Se você chegou até aqui, pode perceber o quanto continua sendo imprescindível manter a mente voltada ao crescimento contínuo. Para tanto, é necessário enxergar o desenvolvimento de competências como uma forte oportunidade para que a empresa cresça em todos os sentidos. Além disso, abre perspectivas de conhecimento, transformando os resultados profissionais.
     
    Assim, para manter o mindset em constante evolução, devemos investir em conhecimento e melhorar o que já fazemos muito bem. Aliás, vale para as empresas que buscam talentos com tudo o que falamos aqui e, ainda, tantas outras que não chegamos a elencar. 
     
    Investir em capital humano é a soma de habilidades, competências e conhecimentos que o colaborador possui e consegue empregar para cumprir as suas atividades profissionais de maneira mais produtiva.
     
    Portanto, coloque em prática essas 7 diretrizes:
    1. Mantenha seu pensamento voltado ao crescimento constante.
    2. Liste quais são suas habilidades e competências, veja o que você faz com muita facilidade.
    3. Não se preocupe com os erros, eles também fazem parte do crescimento.
    4. Trace uma meta que direcione aonde quer chegar. 
    5. Esteja aberto a todo tipo de aprendizado.
    6. Desenvolva o autoconhecimento.
    7. Não deixe de se aperfeiçoar, busque qualificações.
     
    Agora que temos noção do que o mercado estará buscando nos profissionais por pelo menos mais três anos é hora de colocar em prática, listar nossas habilidades e competências e buscar o nosso diferencial. 
     
     
     
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    Texto Vanessa Mandarano
    Revisão: Beatriz Baptista
    Arte: Lucas Loreto
    Edição de áudio: Rosangela Diniz
     
     
     
     
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