Não importa o segmento, o plano de contas é indispensável para qualquer empresa. Porém, para colocá-lo em prática, é preciso ter conhecimento sobre cada detalhe que abrange o assunto, como os principais tipos e qual a melhor maneira de executá-lo. Quer saber? Acompanhe o post de hoje!     Sem tempo para ler? Ouça agora!   [embed]http://cloudfile.netspeed.com.br/Marketing/audio_texto_planodecontas.mp3[/embed]   Dentre tantos detalhes que são necessários para começar a empreender e, até mesmo, para ter mais segurança no andamento administrativo das organizações, existem algumas questões cruciais que precisam estar presentes na rotina gerencial, como a organização e o controle das despesas da empresa. A elaboração e o acompanhamento do plano de contas são indispensáveis para o desenvolvimento de um negócio.   Se você tem acompanhado os conteúdos aqui no blog, já deve ter percebido o quanto planejamento, organização, gestão administrativa e financeira são importantes, exatamente por fazerem tamanha diferença no escalamento da empresa, minimizarem as incertezas e facilitarem as tomadas de decisão.   Afinal, a falta de controle financeiro é capaz de impactar negativamente o bom andamento da empresa de forma exponencial, abrindo espaço para descontrole do fluxo de caixa e falta de capital de giro, o que, consequentemente, provoca atrasos de pagamento e atrapalha o controle das contas a pagar e receber.   Aliás, entre as causas mortis que acompanham as empresas estão a falta de estudo de mercado, ausência de planejamento, gestão empresarial deficiente e, ainda, o próprio comportamento do empreendedor.   O problema é muito sério, e prova disso está presente nos dados apresentados pela pesquisa divulgada em março deste ano pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Os percentuais apontam uma das taxas de mortalidade mais altas ao longo da pandemia, atingindo cerca de 29% das empresas que, em sua maioria, fecham após cinco anos de atividade.    Para não ser considerado mais um número dentro desta porcentagem, dedicar-se ao plano de contas fará total diferença para o futuro da organização. É essencial compreender o passo a passo e colocá-lo em prática.   Partindo para a ação!   Antes de falar do plano de contas, o que é, o que deve compor as demonstrações, lembre-se de que planejamento tributário é diferente de plano contas.   

• Planejamento tributário: Análise prévia sobre a melhor opção de regimes tributários com a finalidade de reduzir cargas tributárias. 

 

• Plano de contas: O plano de contas agrupa toda movimentação financeira da empresa.

  Saiba o que é o plano de contas!   Você sabe exatamente o que é o plano de contas? Estamos falando de um conjunto de contas, antecipadamente ajustado, direcionando quais serão os registros de fatos contábeis da organização, seguindo as normas brasileiras de contabilidade.  No entanto, é interessante apontar que cada empresa, por ter seu próprio perfil, jamais terá um plano de contas idêntico a outro cliente. É possível, sim, utilizar casos como parâmetro, porém, jamais serão iguais.    Plano de contas na contabilidade Como contador, você bem sabe que cada empresa possui a sua particularidade, então, no momento de desenvolver o plano de contas, é essencial levar em consideração a necessidade da empresa. É preciso analisar qual natureza de conta se encaixará no perfil da organização: operações analíticas (com mais detalhamento) ou sintéticas (quando o saldo é calculado pela somatória das contas analíticas).   Estrutura do plano de contas  Dividida em dois grupos, quantitativos (valores) e qualitativos (nome das contas), a composição do plano de contas é constituída por fases determinantes, nas quais são, portanto, calculados ativos, passivos, custos, despesas e receitas.  Essa composição é representada por códigos numéricos de identificação.   Modalidades dos planos de conta Como abordado anteriormente, cada empresa tem a sua particularidade, cumprindo uma relação ordenada de contas contábeis com o objetivo de atender às necessidades internas da empresa, como o levantamento das operações patrimoniais e de resultado, cumprindo com as Normas Brasileiras de Contabilidade, dispostas na Lei nº 6.404/76. Aliás, com base nas Leis nº 6.404/76 e 11.638/07, as contas são separadas em dois grupos: contas patrimoniais e de resultado. Vale registrar que a resolução CFC 1.330/11 também prevê o terceiro grupo que é representado pelas contas de compensação, sendo elas, destinadas a registrar os fatos extrapatrimoniais. O plano de contas deve estar em consonância com o segmento, assim como o tamanho da empresa, afinal existem regras para implementá-lo. Logo, dentro da estrutura de contas, existem diferentes documentos e funcionalidades, por isso, cada análise contará com informações diferentes. Confira abaixo!   Gerencial É utilizado, em particular, para efetuar a análise de resultados. Assim, exerce um papel relevante para a gestão financeira da organização. É mais flexível e pode ser desenvolvido em um padrão mais simples, descomplicando a assimilação dos gestores. É possível criar um plano de contas gerencial utilizando instrumentos como planilhas ou, inclusive, com o auxílio de sistemas informatizados.   Os principais planos de contas são os modelos gerencial e contábil, porém, um se difere do outro. O gerencial, por exemplo, aponta exclusivamente a movimentação de entradas e saídas da empresa.    Referencial Quando falamos em plano referencial, imediatamente temos as informações sobre os saldos contábeis que são utilizados na Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Porém, não são compatíveis a esse plano de contas e estão desobrigados de apresentar a ECF ao SPED, conforme o anexo do Manual da ECF, as empresas enquadradas no Simples Nacional, os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas e as empresas inativas.   Como elaborar um plano de contas eficiente Antes de determinar qual plano de contas será implementado para a empresa do seu cliente, é importante informá-lo que cada gasto deve ser elencado. Isso ajudará na escolha do tipo de plano de contas mais compatível ao negócio. Portanto, comece assim:   1 – Enumere  Por isso, é importante separar as informações completas de toda movimentação: custos, investimentos, entradas e saídas.    2 – Divida as contas Depois de separar custos, investimentos, entradas e saídas, o próximo passo é dividir as contas em grupos ou categorias, isto é, entre ativos e passivos das informações sobre receitas e despesas.   3 – Indique e controle Agora é hora de intitular cada conta e organizar para não correr o risco de esquecer ou errar algum cálculo.    4 – Formalize seu plano de contas Nessa etapa, as contas são apresentadas formalmente, e o relatório é gerado conforme a relevância para cada cliente.  Compreendidos a definição e os principais tipos de plano de contas, essas são algumas dicas para você colocá-lo em prática hoje mesmo:

• Organize corretamente os documentos empresariais.
• Especifique os grupos relacionados ao plano de contas, tais como ativos, passivos, receitas.
• Defina as contas e subcontas, tendo em vista que estas constituem cada um dos grupos. Assim, no grupo passivo, por exemplo, podem constar patrimônio líquido, passivo circulante e passivo não circulante.

  ---- Para terminar, a importância do plano de contas para qualquer empreendedor, gestor ou cliente, é inquestionável. Afinal, o levantamento de cada informação financeira permitirá mais controle dos registros contábeis, evitando erros e melhorando a organização de cada obrigação.  Não se esqueça que o diferencial está em como proporcionar o melhor ao seu cliente, esclarecendo cada detalhe e a real importância do plano de contas no gerenciamento da empresa.    ---   Aproveite para conferir nossos conteúdos: ​ Por que investir em contabilidade para negócios digitais?       Gestão Contábil: como manter a excelência no seu planejamento diário     ----- Texto: Vanessa Mandarano Revisão: Beatriz Baptista Arte: Lucas Loreto Áudio: Rosangela Diniz