Procrastinação: como virar a mesa e superar os conflitos internos

Procrastinação: como virar a mesa e superar os conflitos internos

29 de novembro de 2022 • 22 min de leitura

Sumário

    Deixar para depois, não finalizar atividades, postergar decisões... Pode se tornar mais comum que imaginamos. Seja qual for o motivo, qual, então, é o caminho para mudar a atitude e ter mais qualidade de vida e produtividade? Leia o post de hoje!
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    Desorganização, preguiça, falta de interesse, de responsabilidade ou de compromisso. Sim, a procrastinação já foi relacionada a esses e tantos outros comportamentos. Sem dúvida alguma, o tema de hoje já deve ter chamado a sua atenção em algum momento, seja na sua rotina de trabalho, seja porque alguém comentou sobre o assunto.
     
    Procrastinar, transferir para outro dia ou deixar para depois; adiar, delongar, postergar. As ações têm o poder de substituir o que deveria ser prioridade por tarefas menos relevantes, mas que proporcionam mais prazer em executá-las.
     
    Entretanto, adiar compromissos, não cumprir com obrigações, pode ir além do que é considerado “normal”. Na realidade, postergar causa sofrimento e, por mais que o indivíduo queira executar mais, ocorre o contrário, pois a sensação de inércia e incapacidade pode ser mais forte e, por consequência, bloquear estímulos para as atividades que deveriam ser cumpridas.
     
    Um detalhe considerável é o funcionamento do nosso cérebro. Já percebeu que temos tendência em permanecer onde nos traz mais conforto? 
    Essa máquina perfeita de, aproximadamente, 1.200 gramas e 86 bilhões de neurônios tende a nos levar a uma área que bem conhecemos: a zona de conforto
     

    O que dizem os especialistas?

     
    Temos uma superconexão neural e, acredite, cada uma dessas conexões fica encarregada de distribuir energia para cada atividade que precisamos desempenhar. 
     
    O mais interessante é que estudos sobre conexões neurais e comportamento humano indicam que quanto mais executarmos atividades repetidas, maior será a economia de energia para finalizar atividades específicas.
     
    Então, com um olhar simples, podemos até subjugar que esse equipamento complexo pode nos colocar em lugares funcionais que podem ser considerados como o cantinho do conforto.  Afinal, este é o objetivo do cérebro: desempenhar suas funções com a possibilidade de economizar energia.
     
    Percebeu como podemos naturalmente entrar no processo de procrastinação? E que o funcionamento do nosso sistema nervoso pode estar programado para sermos procrastinadores?
     
    Para se ter uma ideia, um artigo muito interessante da Harvard Business Review aponta exatamente essa linha de raciocínio: para o nosso cérebro, é mais fácil executar tarefas concretas do que tarefas cognitivas (abstratas). Por isso, o esforço a curto prazo controla, naturalmente, o lado positivo de longo prazo em nossas mentes – um exemplo de algo que os cientistas comportamentais chamam de viés presente, que é a predisposição humana a superestimar recompensas de ordem física, emocional, relacional, isso é, quando desfrutadas no presente.
     
    Além do mais, as atitudes podem nos enganar!
    Às vezes, podemos nos achar altamente produtivos, porque estamos ocupados com muitas atividades, mas nenhuma delas pode ser a que realmente precisamos cumprir.
     
    Um dado igualmente interessante foi apresentado pelo Jornal Digital – Extra, destacando referências a uma pesquisa realizada, em novembro de 2018, pela startup brasileira MindMiners, especialista em pesquisa digitais, com coparticipação  da Fundação Estudar, que indica que a procrastinação atrapalha 52% a produtividade no trabalho.
     

    Entendendo o que é e as possíveis causas da procrastinação

     
    Falar de procrastinação obriga-nos a ir além das aparências, pois, de maneira consciente ou inconsciente, o problema pode se apresentar. Portanto, é preciso considerar que a falta de equilíbrio, bem como as ações desreguladoras, pode ser a abertura para o desenvolvimento de distúrbios mentais. E, assim, entramos em um assunto bem delicado: as emoções
     
    Sim, o fato de deixar para depois atividades, pode estar associado a um sentimento que foi despertado, geralmente por um desconforto diante da “obrigação” de cumprir algo em qualquer área da vida. 
     
    Reconhecer as consequências não é tão difícil assim, é até mesmo muito corriqueiro que o indivíduo oscile de humor, e não, consiga focar em uma tarefa, tornando difícil executar cada ação, considerada comum, por exemplo, levantar no horário certo para não se atrasar para os compromissos. Veja que é algo simples, contudo torna-se um grande desafio.
     

    Dicas para virar a mesa e superar conflitos internos

     
    Agora que estamos quase chegando ao fim do nosso post, que tal listarmos algumas atitudes que podem ajudar a nos livrarmos de vez da procrastinação. Vamos lá?! 
     
    Antes de qualquer conselho, faça uma pausa e tente reconhecer a origem da sua procrastinação. Isso ajudará a seguir as dicas que separamos para você!
     
     
     1- Planejar e organizar
    Traçar objetivos claros
    Planejar é o primeiro processo a se concluir, delimitando o que será realizado, qual o propósito de determinada ação e quais ações serão traçadas. Uma lista de tarefas ajuda muito!
     
    2- Priorizar e eliminar
    Fazer na hora
    Para isso, separe os compromissos que exigem atuação em curto, médio e longo prazo. Defina cada um e separe-os por prazos e prioridades. É importante estabelecer data limite de cada tarefa, a fim de direcionar a finalização de cada atividade. É importante manter o foco e executar uma tarefa de cada vez.
     
    3- Ter foco
    Planos que funcionam
    Crie estratégias para concluir com sucesso os seus objetivos. Uma dica é começar com aquilo que não tomará tanto tempo e gasto de energia. Elimine o que parece estar no topo da sua lista, como algo fácil de resolver prontamente.  
     
    4- Cuide das suas emoções 
    Autoconhecimento é fundamental
    Cuide de cada emoção, analise o que pode estar provocando pensamentos destrutivos que não colaboram em nada e são altamente restritivos. Portanto, o autoconhecimento e a inteligência emocional são elementos fundamentais para superar a procrastinação.
     
    5- Você merece!
    O que parece distração, pode ser alimento para criatividade e produtividade.
    Isso mesmo! São importantes as pausas mentais. 
    Queremos dizer que é altamente produtivo parar a cada tarefa concluída. Mas, é claro, que com discernimento e organização.
     
    Separe, por exemplo, a cada duas ou três horas de atividade, um respiro mental com que possa ajudar a oxigenar o cérebro! Isso mesmo, leia algo diferente, veja algo que saia do contexto que você está. Separe uns minutos de intervalo para colocar essa dica em prática. Tenha definida qual será a recompensa por concluir um objetivo, isso cria no cérebro a memória de que concluir metas também traz conforto.
     
    São apenas cinco passos, mas eles fazem total diferença para virar a mesa e seguir em frente com equilíbrio, autocuidado e produtividade.
     
    Dê o primeiro passo, faça a sua análise e, se for preciso, adote novos hábitos para eliminar de vez a procrastinação.
     
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    Texto Vanessa Mandarano
    Revisão: Beatriz Baptista
    Arte: Lucas Loreto
    Edição de áudio: Leandro Lincoln
     
     
     
     
     
     

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